quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Capítulo I - "Escuridão em Alto Mar"

Música do capítulo (Maria Eugênia - Companheiro). Clique sobre o botão   no player abaixo para ouvir e boa leitura:



     O cruzeiro partiu do porto naquela tarde ensolarada às despedidas entre os passageiros e os conhecidos dos mesmos. As pessoas acenavam para os tripulantes que correspondiam do mesmo modo.
     Quando já o cruzeiro, denominado Ambrósio Bini, estava longe de terra firme, à estibordo um lindo rapaz moreno alto, com barba curta sob o queixo e o bigode, olhava fixo com seus óculos*¹ para o mar enquanto conversava com uma moça muito jovem, loira e muito bonita que, de costas para o mar, jogava o pescoço para traz com certo charme à sua esquerda:
     -Ficaria muito bonita senhorita - comentou - é uma pena não se deixar fotografar em pleno Oceano Atlântico  - lamentou, as lentes dos óculos sobre os olhos castanhos brilharam*¹ ao sol.
     -Já disse que se trata de uma questão profissional. - explicou a loira com a entonação de quem já havia repetido muitas vezes a frase - Além disso, não posso quebrar o contrato com a Vision Fashion Model.
     -Entendo... - falou o moreno com a voz distante, agora virara o rosto para a direita, como que para desviar o olhar - Está gostando da viagem?
     -Acho que está muito cedo para dizer se gosto ou não da viagem senhor Leonel. - respondeu ela.
     -Sim, claro - disse - senhorita Daniele, mas, me chame por Leonel, sim? - acrescentou ele.
     - Como quiser - confirmou.
     Enquanto esta conversa acontecia, o capitão, um jovem bonito com barba por fazer e grandes costeletas, de pele morena clara, passava pelo local em direção à proa, falava à um marujo:
     - Os passageiros devem ficar à vontade, - falou com sua voz suave - de forma que ao passarmos "pelo local" - baixou o tom de voz - eles não se exaltem, entendeu?
     -Sim senhor! - confirmou o loiro de olhos azuis ao seu lado com uma voz grossa.
    - Pois bem - acrescentou o capitão - não deixe-os alarmados, e nem comente sobre "o local" com ninguém, eim?! Intendido?
     -Sim senhor! - confirmou o marujo.
     Agora estava claro o que Leonel observava, pois virou o rosto para o outro lado para acompanhar a conversa, coisa que era típico dele:
     -Ah, - continuou o capitão - os tripulantes também não devem saber  nada sobre meu bisavô. - observou o capitão - Ninguém! Entendido?
     -Sim senhor! - bradou o marujo ao virarem na ponta da proa, desaparecendo de vista.
     -Por que silenciou-se? - quis saber a modelo.
     -Ah?! - falou o fotógrafo distraído, agora fixando os olhos na modelo.
     -Por que... Você estava distraído. - explicou a modelo.
     -A, sim. - disse parecendo compreender, mas, seu pensamento era distante. - Um drinque? ofereceu mostrando com a mão direita as mesas à popa da embarcação, então rumaram para lá, onde já alguns tripulantes sentavam-se bebendo drinques coloridos.
    -Em um dos quartos de segunda classe do pequeno cruzeiro, um viajante arrumava seus pertences que se espalhavam por todo o quarto, entre roupas, sapatos, retratos de família e outros. No instante colocava dobrada as peças de roupa sob um pequeno armário de cabeceira, separando-as por gêneros, entre calças, camisas, camisetas, shorts e blusas. Quando então bateram suavemente a porta anunciando:
     -Serviço de quarto!
     O rapaz jovem e baixo, moreno claro, levantou-se e foi abrir a porta, um camareiro loiro e jovem vestido com um uniforme vermelho sangue, empurrando um carrinho, entregou-lhe toalhas novas, ele lhe deu algumas moedinhas pelo serviço e o garoto muito contente agradeceu com ma curvatura e retirou-se.
    O rapaz voltou a  arrumar as coisas após levar as toalhas para o banheiro. Quando finalmente terminou, ele olhou em volta e deu um suspiro:
     -Ufa! Finalmente. - e limpou o suor da testa com as mãos, dirigindo-se outra vez ao banheiro.
    Despiu-se, abriu o chuveiro e tomou seu banho quente, ao terminar, fechou o chuveiro e enrolou uma toalha na cintura retirando-se, foi então que ouviu:
    -Daniele... - murmurou a voz por trás da porta do quarto. A maçaneta girou, mas, não abriu - linda.. - finalmente abriu, Leonel entrou e encarou-o fixamente dos pés à cabeça constrangido - Oh! Desculpe. - falou - Você é o meu novo companheiro de quarto? - acrescentou.
     -Sou sim! - cumprimentou o outro quando Leonel entrou no quarto em sua direção, com um aperto de mão. - Não sobrou quarto para mim e outros passageiros que compraram passagens em última hora, então...
     -Eu seu, eu sei... - interrompeu Leonel, soltando a mão do cumprimento e dirigindo-se à cama do lado direito do quarto - Pode parecer constrangedor para muitos - comentou ele sentando-se na cama e cruzando a perna sobre a outra - mas acho que seremos bons amigos. - acrescentou desamarrando o cadarço do sapato do pé direito e tirando-o para trocar de pé - Me chamo Leonel, sou fotógrafo. - apresentou-se.
     -Ah, prazer. - começou o outro meio desajeitado - Ãhn... Di-Diego, eh... D.j.... - gaguejou pegando o monte de roupas dobradas sobre a cama e retirando-se cabisbaixo para o banheiro:
     -Não se incomode. - interrompeu Leonel levantando-se em sua direção, e cochichando em seu ouvido as suas costas - Que mal há? Somos homens, não? Fique a vontade. - acrescentou, então puxou a toalha, despindo Diego, riu, Diego ficou constrangido ao tentar esconder o nudismo - Não precisa ter vergonha. Vamos, não se iniba - falou por fim.
     Diego então voltou-se para o novo amigo e sorriu maliciosamente:
    -Você tem razão. - jogou a roupa no chão e então... - Para que se inibir? - disse e puxou para baixo a calça do colega.
    Diego surpreendeu-se com o que viu em seguida, Leonel dava altas gargalhadas. Diego então começou a rir. Riram muito, Leonel despiu-se completamente e os dois começaram a dançar em roda, saltando alegremente.
     Depois que Leonel tomou seu banho, e já estavam vestidos, Diego sugeriu:
     -Você é fotógrafo, não? - queria confirmação.
     -Sim... Por quê? - perguntou.
     -Puxa. - comentou - sempre quis fazer um álbum, sabe? - falou - Quanto... Digo... - meio sem jeito para perguntar - Sabe... Para...
     -Fotografar? - completou o outro.
     -Bem... Sim, mas, quero dizer, bem... Sem... Sem... - gesticulava tenso.
     -Sem roupa?! - teve de completar novamente, riu levemente - Você, com toda essa timidez, quer que eu o fotografe nu? - Diego ficou vermelho.
     -É... Bem... É. E quanto cobra? - retomou o assunto e a postura?
     Leonel voltou a rir, mas, logo falou:
    -Tudo bem. - disse - Tratamos disso depois que as fotos... Pretende um álbum, foi o que disse? Não? - questionou.
     -Sim! - confirmou.
     -Bem... Depois que ficarem prontas trata... - interrompeu-se com uma pausa por que uma escuridão infinita em plena tarde cegou-o - Mas, que houve? - espantou-se.
     -Que estranho! - comentou Diego sem enxergar o amigo.
     -Murmúrios e barulho de portas se abrindo vinham do lado de fora, todas as vozes espantadas tentando saber o que havia acontecido, mas, a escuridão não passou.

Uma escuridão infinita em plena tarde segou-o


* As palavras em azul durante o texto significam alguma mudança ou adaptação importante da história original feita pelo autor:
*¹ O autor fez uma alteração porque é um dos personagens reais que participa da história, não usava óculos quando escreveu originalmente a história em manuscrito, mas, agora que publica digitalmente a história resolveu adaptar a sua condição atual.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Apresentação dos personagens principais - Extra

 
     Daniele: A jovem modelo é amiga de Leonel, ao conhecer Diego, algo especial acontece, e o rumo de sua vida e de seus sentimentos começa a mudar. Não é fácil contratar seus trabalhos já que está vinculada por contrato com uma agencia.

     Diego: Terá de ocupar um espaço do quarto de Leonel por conta de alguns problemas na hora da colocação de lugares no navio, mas, no fim das contas o d.j. e o fotógrafo tornam-se grandes amigos. As vezes a amizade dos dois extrapola os limites da "macheza"...

     Leonel: O fotógrafo está querendo convencer Daniele de posar para ele, mas, para descobrir os segredos do navio, acaba aceitando a proposta de fotografar o capitão Mayc, nisso acaba descobrido algumas coisas um pouco... Embaraçosas para ele... Embaraçosas pra ele?! Será?!

     Marcos: Esse desenhista é esperto, faz amizade com todos facilmente, porém fica devendo contratar um trabalho artístico do d.j. Diego, também quer ter Daniele como modelo, mas, a loira é difícil de driblar com o tal contrato de agencia...

     Mayc: Finalmente, o capitão do navio, dono do cruzeiro herdado de gerações passadas, geração essa que volta para assombrar seu navio, ele tenta esconder, mas, pode não resistir ao charme de Leonel, que em troca de informações aceita te-lo como modelo... Ele tem mais a revelar do que se imagina...

     Esses são apenas os personagens principais... Está curioso para conhecer os outros? Vire a página. Ou melhor, leia o blog...

Introdução em Alto Mar

     Diego, Daniele, Marcos e Leonel são personagens reais que vivem uma viagem imaginaria ao lado de personagens fictícios, como Mayc e os outros passageiros do Ambrósio Bini, embarcação essa, que na realidade é justamente onde os personagens reais estudaram, pois esse é o nome do colégio onde, juntos, formaram o primeiro ano secundário (Ensino Médio).
     Os personagens rais tem ancestrais fictícios como os outros personagens da história de modo a dar mais emoção a mesma, sem ferir a imagem da família dos personagens reais.
     Trata-se de uma história aonde os já comentados personagens embarcam em um crueiro pelo Oceano Atlântico. O cruzeiro Ambrósio Bini navega em alto mar, mas, há uma estranha poeira que invade a embarcação, essa que na verdade são as cinzas do bisavô do capitão Mayc, Aricon Bini, que assombra em alto mar o cruzeiro em busca de vingança.
     Quatro descendentes de antigos assassinos tentam derrotar o mal espirito e acabar com a terrível maldição, para isso contam com a ajuda do descendente do próprio Aricon, Mayc. Envolvidos na trama acabam sendo dominados pelo tal espirito, agora seus segredos até então escondidos poderão ser revelados.
     Uma incrível história que envolve aventura, ação, humor, romance e principalmente, muito, muito horror.
     Uma Poeira em Alto Mar é uma história de Leonel de Jesus.


-Boa  viagem!
O autor.

Mensagem








 "Marinheiros de primeira viagem, nunca sabem que rumo tomar; 
Mas, quando se tem bons amigos, nem de bussola precisam".

Dedicado...

     "Aos companheiros de viagem do 1ºE, pelo cruzeiro Ambrósio Bini, comandado pelas capitã Indianara e Valdirene. E aos parceiros que naufragaram e aqueles que boiaram atá a praia. E especialmente à Diego, Daniele e marcos, dedico inicialmente essa bela viagem"...

     Em especial à professora Célia, meu incentivo vivo, razão especial por qual escrevo.